...ontem no Cine Atlântico aqui em Luanda.
Um só arrepio que durou todo o espectáculo pela voz que tem, pelos poemas, pela intensidade da presença e por ter refrescado a minha alma lusitana.
E o som escorreu por entre as nossas mãos...
Morada Aberta
"Diz-me rio que conheço
Como não conheço a mim
Quanta mágoa vai correr
Até o desamor ter fim
Tu nem me ouves lanceiro
Por entre vales e montes
Matando a sede ao salgueiro
Lavando a alma das fontes
Vi o meu amor partir
Num comboio de vaidades
Foi à procura de mundo
No carrocel das cidades
Onde o viver é folgado
E dizem não há solidão
Mas eu no meu descampado
Não tenho essa ilusão
Se eu fosse nuvem branca
E não um farrapo de gente
Vertia-me aguaceiro
Dentro da tua corrente
E assim corria sem dor
Sem de mim querer saber
E como tu nesse rumor
Amava sem me prender
Vem rio que se faz tarde
para chegares a parte incerta
espalha por esses montes
que tenho a morada aberta . "
Rui Veloso/Carlos Tê
3 comentários:
Mariza m'arrepia também. E me faz chorar...
Beijo
Inevitáveis as lágrimas, por tudo…
Bjs daqui
Prima
Que bom... ela foi até vocês... enche-nos a alma...
A MARIZA É LINDAAAAAAAA (efeito santos populares :) :) )
Bjis
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