#header-wrapper { width:660px; margin:0 auto 10px; border:1px solid #006699; } #header-inner { background-position: center; margin-left: auto; margin-right: auto; } #header { margin: 5px; border: 1px solid #006699; text-align: center; color:#215670; } #header h1 { margin:5px 5px 0; padding:15px 20px .25em; line-height:1.2em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.2em; font: normal normal 242% Verdana, sans-serif; } #header a { color:#215670; text-decoration:none; } #header a:hover { color:#215670; } #header .description { margin:0 5px 5px; padding:0 20px 15px; max-width:700px; text-transform:uppercase; letter-spacing:.2em; line-height: 1.4em; font: normal normal 78% Verdana, sans-serif; color: #215670; } #header img { margin-left: auto; margin-right: auto; } /* Outer-Wrapper ----------------------------------------------- */ #outer-wrapper { width: 660px; margin:0 auto; padding:10px; text-align:left; font: normal normal 100% Verdana, sans-serif; } #main-wrapper { width: 410px; float: right; word-wrap: break-word; /* fix for long text breaking sidebar float in IE */ overflow: hidden; /* fix for long non-text content breaking IE sidebar float */ } #sidebar-wrapper { width: 220px; float: left; word-wrap: break-word; /* fix for long text breaking sidebar float in IE */ overflow: hidden; /* fix for long non-text content breaking IE sidebar float */ } /* Headings ----------------------------------------------- */ h2 { margin:1.5em 0 .75em; font:italic normal 86% Verdana, sans-serif; line-height: 1.4em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.2em; color:#006699; } /* Posts ----------------------------------------------- */ h2.date-header { margin:1.5em 0 .5em; } .post { margin:.5em 0 1.5em; border-bottom:1px dotted #006699; padding-bottom:1.5em; } .post h3 { margin:.25em 0 0; padding:0 0 4px; font-size:140%; font-weight:normal; line-height:1.4em; color:#e1771e; } .post h3 a, .post h3 a:visited, .post h3 strong { display:block; text-decoration:none; color:#e1771e; font-weight:normal; } .post h3 strong, .post h3 a:hover { color:#006699; } .post-body { margin:0 0 .75em; line-height:1.6em; } .post-body blockquote { line-height:1.3em; } .post-footer { margin: .75em 0; color:#006699; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; font: italic normal 77% Verdana, sans-serif; line-height: 1.4em; } .comment-link { margin-left:.6em; } .post img { padding:4px; border:1px solid #006699; } .post blockquote { margin:1em 20px; } .post blockquote p { margin:.75em 0; } /* Comments ----------------------------------------------- */ #comments h4 { margin:1em 0; font-weight: bold; line-height: 1.4em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.2em; color: #006699; } #comments-block { margin:1em 0 1.5em; line-height:1.6em; } #comments-block .comment-author { margin:.5em 0; } #comments-block .comment-body { margin:.25em 0 0; } #comments-block .comment-footer { margin:-.25em 0 2em; line-height: 1.4em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; } #comments-block .comment-body p { margin:0 0 .75em; } .deleted-comment { font-style:italic; color:gray; } .feed-links { clear: both; line-height: 2.5em; } #blog-pager-newer-link { float: left; } #blog-pager-older-link { float: right; } #blog-pager { text-align: center; } /* Sidebar Content ----------------------------------------------- */ .sidebar { color: #e1771e; line-height: 1.5em; } .sidebar ul { list-style:none; margin:0 0 0; padding:0 0 0; } .sidebar li { margin:0; padding-top:0; padding-right:0; padding-bottom:.25em; padding-left:15px; text-indent:-15px; line-height:1.5em; } .sidebar .widget, .main .widget { border-bottom:1px dotted #006699; margin:0 0 1.5em; padding:0 0 1.5em; } .main .Blog { border-bottom-width: 0; } /* Profile ----------------------------------------------- */ .profile-img { float: left; margin-top: 0; margin-right: 5px; margin-bottom: 5px; margin-left: 0; padding: 4px; border: 1px solid #006699; } .profile-data { margin:0; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; font: italic normal 77% Verdana, sans-serif; color: #006699; font-weight: bold; line-height: 1.6em; } .profile-datablock { margin:.5em 0 .5em; } .profile-textblock { margin: 0.5em 0; line-height: 1.6em; } .profile-link { font: italic normal 77% Verdana, sans-serif; text-transform: uppercase; letter-spacing: .1em; } /* Footer ----------------------------------------------- */ #footer { width:660px; clear:both; margin:0 auto; padding-top:15px; line-height: 1.6em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; text-align: center; } -->

30/09/2008

5 de Setembro de 2008


Sala da Casa 660 do Projecto Nova Vida - Luanda Sul/Set/08


Findo o mês de Setembro do ano de 2008, não podia deixar de publicar este texto de um magnífico angolano de Benguela que tem o dom de encantar só porque existe.

"Um misto de ansiedade e expectativa há muito tomara conta dos corações ávidos deste momento, cinco de Setembro de 2008, sete e pouco da manhã já me preparava para sair, como companheiro desta grande aventura, um homem que já ultrapassou as setenta e cinco primaveras, nascido no Dombe Grande, Província de Benguela, mas que as tantas guerrilhas humanas que enfrentou teimam em mantê-lo exemplarmente em forma, meu pai, o que faz de mim um Angolano branco de segunda geração, e faz aumentar a minha sensação de co-responsabilidade no sucesso ou no insucesso do momento que vivemos. Como se por isto a minha angolanidade fosse maior por um lado, enquanto que por outro, esse facto me atribuísse uma maior responsabilidade enquanto cidadão. Chegados à assembleia de voto que achávamos ser a menos concorrida da nossa área de residência que, como sabem, fica a 15 km de Luanda, deparámo-nos com um aglomerado de pessoas mais madrugadoras que nós que se apressaram a comunicar-nos que esta assembleia de voto ainda não tinha aberto, concluímos pouco depois que se registavam atrasos na abertura de algumas assembleias de voto, disseram que por dificuldades de logística e algum desacerto de ultima hora.
Aproxima-se um elemento devidamente identificado por um badge que exibia orgulhoso onde facilmente se lia, CNE, para os mais desatentos, - Comissão Nacional de Eleições – Observadores? Inquiriu-nos, e antes que o meu pai desse largas a uma qualquer dissertação acerca dos ideais de uma nacionalidade multirracial, que não era momento para isso, respondi interrompendo-lhe a já deflagrada veia pedagógica – Quase… Eleitores, o CNE, refazendo-se instantaneamente da surpresa exclamou, - ah! Com certeza, e o paizinho veio de carro? Olhando para o meu pai, vim sim, porquê, respondeu-lhe, porque se o paizinho tem carro é mesmo melhor ir à assembleia de voto no quintal das madres, lá é só chegar e votar, os meus colegas de lá estão de braços cruzados só à espera dos povos que quiserem votar, depois de uma breve explicação de como chegarmos a essa assembleia de voto, voltámos ao carro e dirigimo-nos no sentido que o prestável elemento da CNE nos havia indicado, já no local que nos tinha dado como referência e onde nos aconselhou a deixar o carro e que seguíssemos o pouco que restasse ainda, a pé, seguimos o conselho, seria segundo ele ainda uns dez minutos a andar por uma daquelas travessas empoeiradas que penetram no Bairro do Golfe 2, no município do Kilamba Kiaxi, mas, e caso nos desorientássemos, encontraríamos nos vários acessos às madres, colegas dele e que se a eles recorrêssemos seríamos devidamente reorientados, assim foi, depois de perguntarmos ao primeiro CNE que vimos no local, este, tendo provavelmente em atenção a idade do meu companheiro, prontificou-se a acompanhar-nos ao local, meu pai a quem foi dada a dianteira pôs-se sem hesitar a caminho, durante os quinze minutos que demorou a percorrer aquelas ruas estreitas em terra batida que dão a fluidez possível ao “musseque” que cresceu desordenado à volta daquela missão católica, o meu pai arranjou forma de voltar ao tema do «- Observadores?» - devia ter mostrado ao seu colega o meu cartão do partido, sou do partido desde 1974, ainda cá estavam os portugueses, disse, reprimindo o ímpeto de dar nome ao partido, uma vez que se encontrava no perímetro de uma assembleia de voto logo obrigado a silenciar qualquer tendência partidária, …e aquele miúdo pergunta-me se sou observador…, sorri, enquanto ele ralhava, do alto da sua razão puxando pelas “bissapas” que lhe confere a idade, com este simpático CNE que nos acompanhava. Um enorme portão metálico entreaberto era o que nos separava da assembleia de voto, entrámos pelo portão, identificámo-nos, exibindo o cartão de eleitor, foi-nos indicado o local onde receberíamos o boletim de voto, frente à mesa de voto entregámos o Cartão de eleitor ao presidente da mesa, leram em voz alta o nome, registaram o número de eleitor, foi-me entregue o boletim de voto, dirigi-me a uma das divisórias, estruturas pré-fabricadas em cartão grosso, que estava livre e votei, pouco passava do meio dia, dobrei o boletim conforme, coloquei-o na urna, alguém da mesa segurou a minha mão e dirigiu mecanicamente o meu indicador direito para dentro de um frasco, mergulhando-o numa tinta preta indelével impedindo-me assim de voltar a votar numa outra assembleia qualquer, depois de indelevelmente marcado, não só pela tinta preta no dedo indicador direito, devolveram-me o cartão de eleitor e indicaram-me a saída, meu pai que tinha feito o mesmo percurso minutos antes já me aguardava perto da saída, despedimo-nos do CNE que nos fizera companhia e voltámos a fazer o mesmo caminho no sentido inverso, curiosamente, o tema que se evidenciou durante o caminho de volta ao carro era o cozido à portuguesa que nos esperava, proporcionado pela magnifica cidadã Lusa que corajosamente teima em acompanhar-me nesta aventura de ver nascer um país, presenciando tão de perto os seus primeiros passos, eternizando este incontornável cordão umbilical que irremediavelmente nos aproxima dos nossos avós. Até ao sítio onde tínhamos deixado o carro, ainda ouvimos alguém dizer do alto da sua ignorância ou não - Afinal os brancos também votam… !?

Uma análise, que se pretende séria, isenta, deve obedecer a um profundo enquadramento no contexto sócio-cultural, político, económico, emoldurado por um mapa étnico complexo, que lhe confere a particularidade da singularidade em África, e não deve nunca, ceder ao enquadramento fácil, em balizas preconcebidas e estereotipadas idealizadas, porém até à data sem resultados expressivos, à medida para sustentar realidades distantes.

Assim, e partindo desta, para mim inquestionável, premissa, a minha análise obriga-me ao seguinte compromisso,

Hoje, endereço os meus profundos e exaltados parabéns a todos nós, os angolanos que tornaram possível este acto eleitoral, este passo concreto em direcção à modernidade. O sentimento de profundo e entusiasmado orgulho pela forma exemplar como todo este processo decorreu, com um envolvimento surpreendente das massas mais anónimas, recônditas até, como só em África se pode ser, desde a vontade do querer fazer parte, expressos aquando do recenseamento e registo eleitoral iniciado à três anos, o tão ansiado cartão de eleitor. A campanha eleitoral, que de forma ordeira e cívica, onde o direito à diferença se fez ouvir e se fez conduta, salpicado, aqui e ali, pelos inevitáveis incidentes de percurso próprios de quem dá os primeiros passos nos misteriosos e sinuosos caminhos da “democracia-africana” se é que existe algum sentido a estas palavras assim emparelhadas, que são claramente insuficientes para manchar ou descredibilizar o todo, estendo os meus parabéns a todas as instituições que de uma forma ou de outra cumpriram a sua missão apesar de todos os constrangimentos inerentes à inexperiência, à CNE, aos integrantes das brigadas eleitorais, que por todo o lado ajudavam a conduzir a população pouco habituada a estes procedimentos, às populações que desde madrugada se foram dirigindo para as assembleias de voto e que souberam pacientemente aguardar que fossem superados os problemas logísticos que atrasaram a abertura de algumas mesas, abandonando apenas os locais de voto depois de cumprirem o desígnio que ali os trouxera, um muito obrigado à Policia Nacional e restantes forças da ordem que exemplarmente se fizeram mostrar resumindo a sua actividade a uma presença mais preventiva que actuante, e por este significativo - não queremos mais - que com esta adesão dissemos a todos os Angopessimistas que apostavam que os Angolanos desconseguiriam, e clamar bem alto, que vamos contar os votos com a certeza de que uma vitória está já assegurada, e esta comum a todos os que amam esta terra, ganhe quem ganhar os angolanos já são vencedores.

Mungúeno"

Fernando

29/09/2008

Sensação de sentir


Barra do Kwanza Set/08

Uma janela entreaberta
Uma brisa com pressa de entrar
E eu dispersa...

Uma mágoa sentida
Um dia diferente
E eu perdida...

Uma palavra sábia
Um novo sentir
E eu cheia de vida...

Eudemim

26/09/2008

Aqui mesmo...



Conta-me a história outra vez
E faz-me acreditar
Na minha espera.
Não deixes nada por explicar...
Que eu faço um esforço por entender.
Escuto o teu sentir...
Continua o teu caminho,
Segue o teu traçado,
Escolhe os teus atalhos,
Mas quando olhares para trás,
Lamento...
Não estarei lá.
Não vou seguir os teus passos.
Tão pouco serei o teu trilho
Para te ensinar o caminho.
Por isso não olhes em frente,
Não é lá que me vais encontrar.
Procura-me antes deste lado
Aqui mesmo...
Do lado do coração.
Foi este o lugar que escolhi
Para mim.

Eudemim

25/09/2008

Desato-me



Abstraio-me...
Descolo-me de ti,
Corto os laços,
Desamarro-me,
Fico fora de ti
Para te sentir mais por dentro.
Lanço o pensamento
Ao infinito,
Para depois te procurar
E sentir a surpresa
De te encontrar num abraço
Ou num beijo
E te rever em mim.

Ato-me...
E solto-me em ti.


Eudemim

24/09/2008

Guardei-te...


Ilustração de Catarina Landim

... no baú das cartas de amor ,
Junto com os livros dos contos de fada
Perto dos amores infinitos
E das histórias de encantar.
Pede conselhos
Aos velhos magos
Eles andam por lá
A espalhar sabedoria.
Encanta-te com a magia das fábulas
E fala com os animais.
Deita-te com as flores dos jardins dos castelos
E declama poemas às almas desencantadas.
Depois, bebe a água cristalina de um rio iluminado
E dorme no aconchego de uma nuvem.

Shhhh...
Deixa-te ficar por aí.

Eudemim

23/09/2008

Descobre-me...





Nada sabes de mim.
Apenas fazes suposições
Baseadas no que sentes...
E sentes o que desconheces.
Encontras-me perdida
E segues o teu caminho.
Sabes...
podia dizer-te tudo
E mesmo assim revelar-te nada.
Porque os meus segredos
São sem graça e sem pecados.

Já eu...
...eu sim...estou toda por descobrir.

Eudemim

19/09/2008

Leva-me



Agarra na minha mão e corre.
Rapta-me e foge comigo.
Deixa-me sentir a tua vontade
Levantar-me os pés do chão.
Faço-me leve e deixo-me ir
Para não te pesar.
Porque eu quero é ir e voar.
E depois aterrar
Sabe-se lá onde.
Mas leva-me apenas,
Porque eu quero é ir.
E sentir a pressa
De me levares.


Eudemim

16/09/2008

Diz-me...



...conta-me a tua vida
Numa madrugada fria.
Escuto-te...
Bebo as tuas palavras.
Aqueço-te...
Chora se quiseres
Mas não desesperes.
Conforto-te...
Foi por isso que eu vim,
Fala-me de ti.
Abraco-te...
Esquece as horas
E o mundo lá fora.
Olho-te...
Sigo os teus gestos.
Admiro-te...
Fico mais um pouco.
Não te apresses,
Inventa-te...
Eu espero no teu tempo
Apenas por um beijo.

Eudemim

12/09/2008

Poema

Lindo este poema de Cazuza...
Linda a música de Frejat...
E lindo Ney !
Nada mais
Apenas chorei...


11/09/2008

As andanças do Andanças

Sabores frescos...
E muita cor...




...em pratos que não são pratos
e copos que não são copos.

Sai um Menu Shiva por favor !!!!!

09/09/2008

Palavras soltas no teu desafio


Nada há a dizer...
Nada mais...

O eco calou-se...
Refugiou-se no silêncio
das palavras de incentivo.

Deixo que o vazio
Se esgote no compasso
Onde já dança o esquecimento.

E há muito tempo...

...tanto tempo
que já não me lembro
se de facto te perdi.

08/09/2008

Angola mostrou como se faz


A mais velha pôs o seu pano e saiu do “kimbo” ainda de madrugada para garantir a certeza do seu voto e o mais velho “enfatou-se”para exercer este seu direito de cidadão.
É isto que para mim, portuguesa residente em Angola, importa salientar em primeira mão nestas eleições. Até os mais velhos que vivem nas Províncias, que pelos anos de guerra e esquecimento deveriam estar já desacreditados destas coisas da política, foram orgulhosamente votar.
Todo o processo teve um denominador comum, independentemente do partido, da raça, da etnia. A Nação.
Esta Nação Coragem, que teve a coragem de se despir dos medos e fantasmas do passado e que fez comícios de apoio ao seu partido, colou cartazes, buzinou com bandeiras nos carros e tudo sempre “nas calmas”.
Os angolanos fizeram a diferença na ideia preconcebida de eleições no continente Africano. Mesmo com um histórico único de eleições que deixaram marcas bastante profundas em 1992, Angola deu o exemplo a alguns dos seus vizinhos de como se desenvolve todo um processo eleitoral. Desde o recenseamento e sensibilização da população, mobilização de recursos humanos e desempenho das forças policiais até à atitude de cada cidadão perante o seu direito de voto. Os erros e falhas próprios de processos desta natureza e magnitude servirão para acrescentar experiência ao jovem currículo eleitoral dos angolanos.

A desorganização que apressadamente foi noticiada em Lisboa aconteceu apenas em Luanda que pertence ao conjunto das 18 Províncias de Angola. Num País desta dimensão, onde Portugal cabe 14 vezes, com certos pormenores que nem todos conhecem e onde o histórico de eleições se resume às de 1992 com tudo aquilo que as caracterizou, escolher a desorganização de uma província como primeira notícia é, para mim, recorrer ao jornalismo fácil.
Portugal deveria ser o primeiro a enaltecer o espírito de paz que se viveu nestas eleições. Na primeira oportunidade que lhes foi concedida, os angolanos provaram que sabem e querem viver em paz e isto sim, deveria ter sido a manchete deste dia.

Mas à parte das polémicas justas ou não, vou recordar este dia 5 de Setembro de 2008 como o dia em que todos tiveram um gesto comum.
O dia em que se tingiram os indicadores da mão direita da mana Chiquita da Chibia, do Domingos do Cassenda, da Francisca do Maculusso, do Fernando de Benguela, mas também dos Sobas, dos Generais, dos Ministros, dos Governadores e de Sua Excelência o Sr. Presidente José Eduardo dos Santos.

E se me é permitido um voto...eu voto nos angolanos !!

Kandandos

03/09/2008

Ao longe



Vi-te ao longe.

Andavas calmamente.

No compasso dos teus passos
Não havia hesitação.

Lancei o teu nome e
Olhaste para mim.

No teu rosto, um desalinho
Fez-me duvidar que eras mesmo tu.

Sorriste...

E fizeste-me acreditar.

01/09/2008

Hoje fico por aqui...



Sento-me no muro
e observo o movimento
dos que passam
dos que ficam
dos que se encostam.
Todos procuram a felicidade
O sucesso....
Caminham em busca de
um lugar ao sol.
Correm, tropeçam, desesperam
Colam fragmentos soltos da vida
Para lhe dar algum sentido
Quando ela se esquiva dos planos traçados.
Eu também ando por lá...
Mas hoje fico por aqui...
Pelo muro...
Apenas sentada.