Porém ela queria mesmo era correr sem parar, sem direcção. Apenas correr até que o tempo passasse. O melhor seria mesmo correr em direcção à máquina do tempo e aparecer noutro tempo. Deixar de estar no presente só por algum tempo. Mudar de ares, de cores, de vida, mudar o que mudou.
Sentir o principio de tudo, quando tudo era a descoberta das certezas.
Então mergulhou no tempo e navegou pelos anos, passou pelos dias e horas e foi observando as correntes. Viu as embarcações que se atravessaram no seu oceano, aquelas que afundaram, as outras que desapareceram na linha do horizonte e as poucas que sobreviveram.
Parou a viagem naqueles momentos de beleza que ficam gravados na memória e com o tempo se transformam no mel que vai acariciando os corações sempre que a tristeza nos invade.
Eudemim
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