O silêncio espalhou-se pelo ar,
percorreu todos os cantos
e ficou quieto de olhar pregado nos dois,
ansioso por ser quebrado.
Sentiu as palavras serpentearem-lhe o corpo
num vaivém desenfreado
entre o coração e a cabeça.
Lutavam as razões com as culpas,
a mágoa sufocava o amor,
soluçava a ternura num canto
e a paixão era o colo de tudo.
Queria soltar as palavras
que acabavam por se desfazer na boca
como as ondas na praia,
mas tudo lhe pesava tanto,
e a presença dele...
tão quieta...
porém, tudo tão inquieto...
Inspirou o Ar-de-Silêncio
que lhe percorreu todo o corpo
E empurrou as únicas palavras que sobreviveram
- Posso dar-te um abraço ?
Eudemim
8 comentários:
Que lindo poema, eudemim.
Obrigada pela visita. Virei aqui sempre que puder.
:)
Um beijo
Obrigada a ti que passaste aqui. Volta sempre que quiseres.
Bj daqui
"um" disse as palavras que conseguiu, e o "outro" certamente ouviu as que mais precisava ouvir...
E assim se complementam, "um" e "outro".
Lindo, como sempre, tudo o que vem do coração.
beijos de Norte para Sul
(Olá A. :) - bom ver-te também puraki) - ;)
O abraço é a assinatura do entendimento entre dois corpos!
Muito lindo.
Natacha,
E muitas vezes, ouvir custa mais que falar...
Bjs daqui
mfc,
Num abraço diz-se tudo...ou nada !!
Obrigada pela passagem
Bjs daqui
deixa-me "roubar-te" este Ar de silêncio em toda a sua melancólica beleza
beijos
Faz das minhas as tuas palavras. Será uma honra.
Bjs daqui
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