“Os Mestres budistas aconselham-nos a pensar constantemente na “impermanência”.
Em vez de considerarmos que se trata de um pensamento mórbido que conduz à depressão ou ao pessimismo, pensemos na liberdade que esse tipo de visão do mundo nos oferece.
Na verdade, acontece-nos muitas vezes desejar a mudança.
Por exemplo, não gostamos do nosso trabalho, os horários não nos convêm e detestamos o ambiente profissional.
Estamos absolutamente fartos, só pensamos em mudar mas temos impressão que isso nunca vai acontecer.
Ora um dia, inesperadamente, recebemos um telefonema de um amigo com uma aliciante proposta de trabalho. Embora na aparência a situação continue igual, durante as semanas ou os meses que faltam para deixarmos o emprego, tudo parece mais leve, mais fácil de suportar, até mesmo as relações com os colegas de trabalho se tornam mais agradáveis. Inacreditavelmente chega mesmo a acontecer que, nos últimos dias ou semanas, acabamos por ter pena de mudar.
O facto de sabermos que a situação está a chegar ao fim, ou seja, de descobrirmos o seu carácter impermanente, aliviou toda a tensão e deu-nos liberdade para a encarar sob um ponto de vista diferente.
Nem sempre vai chover, nem sempre seremos felizes.
Quando estamos na mó de baixo, no mais fundo da depressão, só podemos voltar para cima.
A divisa “tudo muda” é uma chave de ouro que nos deve acompanhar a cada passo da existência.
Na felicidade como no sofrimento é muito importante lembrarmo-nos que todas as situações são apenas momentos de um processo, um instantâneo de um filme.
Então, se conseguirmos relaxar, somos como o recém-nascido atirado à água: flutua sem esforço porque não se debate.”
- A arte da vida (ensinamentos Budistas) - Tsering Paldron –
Namastê
1 comentário:
Prima
Gostei deste novo padrão do pano...
"ensinamentos" como eles são espertos... é mesmo assim...
Abreijos
Guida
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