Hoje despi-me das roupas
Que a vida vai emprestando
Para nos protegermos
Das agruras que ela própria nos oferece.
Senti o vento levar
Os lenços dos dias tristes.
Soltei os sorrisos fechados
E fiquei assim...
Só eu,
Nua de tudo.
Abri os braços e abracei o mundo.
Apertei-o contra o peito,
Senti o pulsar da vida
De milhões de pessoas.
Abracei a alegria
E a tristeza de todos,
Doei as minhas lágrimas
Àqueles que há muito já as secaram
E colei o meu sorriso
Nos rostos endurecidos pelo tempo.
Hoje assim despida...
Sou apenas.
Eudemim
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