...amor grande do coração...
One Love
“Cima is ta dzê n’inglês
I love you, I need you
Quero dizer também em Português
Te amo, eu te preciso
E não há nada que levar a mal
Ma nôs ê, tud igual
I know you can understand me
Eu gosto muito, muito, muito de ti…
You know I love you, I love you, I love you, I really
Love you, I love you
You know I need you, I can’t live without you, não há
Ninguém como tu
Ca tem ninguém cima bo
Alo bonjour comment ça va
Mana Sara do lado de lá
Mim m’ta bom e bo manê q’bo ta
Sara mana do lado de cá
Maybe together you and me
Mi ku bo, bo ku mim
Mi ma bo
Eu e tu, tu e eu...”
- Sara Tavares -
28/11/2008
Música no Pano
27/11/2008
Paz
Catumbela/Angola
“Um rei ofereceu um grande prémio ao artista que melhor pudesse retratar a ideia da paz. Diversos pintores enviaram os seus trabalhos para o palácio, mostrando bosques ao entardecer, rios tranquilos, crianças a correr na areia, arco-íris no céu, gotas de orvalho numa pétala de rosa.
O rei examinou todo o material que lhe foi enviado, mas acabou por selecicionar apenas dois trabalhos.
O primeiro mostrava um lago tranquilo, espelho perfeito das montanhas poderosas e do céu azul que o rodeava. Aqui e ali podiam ver-se pequenas nuvens brancas, e, para quem reparasse bem, no canto esquerdo do lago existia uma pequena casa, a janela aberta, o fumo que saía da chaminé – o que era sinal de um jantar frugal, mas apetitoso.
O segundo quadro também mostrava montanhas. Mas estas eram escabrosas, os picos afiados e escarpados. Sobre as montanhas o céu estava implacavelmente escuro, e das nuvens carregadas saíam raios, granizo e chuva torrencial.
A pintura estava em total desarmonia com os outros quadros enviados para o concurso. Entretanto, quando se observava o quadro cuidadosamente, notava-se numa fenda da rocha inóspita, um ninho de pássaro. Ali, no meio do violento rugir da tempestade, estava sentada calmamente uma andorinha.
Ao reunir a sua corte, o rei elegeu esta segunda pintura como a que melhor expressava a ideia da perfeita paz. E explicou:
“Paz não é aquilo que encontramos num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho duro, mas o que permite manter a calma em nosso coração, mesmo no meio das situações mais adversas. Este é o seu verdadeiro e único significado”.
-História contada pela escritora venezuelana Dulce Rojas-
A paz vem de dentro para fora !
26/11/2008
24/11/2008
Na curva
Emprestei-te o sabor do pecado
E lambuzaste-te sem pudor...
Acordaste a paixão,
Criaste desejos,
Inventaste fantasias,
Despertaste os sentidos,
E usaste o amor em vão...
Deixaste-me na esquina...
Espreito a rua em que seguiste...
Escuto o eco dos passos,
Procuro-te...
E acho-te no ontem...
No brilho do olhar...
Antes da curva...
Que é feito de ti ?
Eudemim
21/11/2008
Música no Pano
Porque vi o filme Mamma Mia há uns dias
Porque a Meryl Streep voltou a surpreender-me
Porque acho os ABBA uma referência musical saudável
Porque o filme deixou-me de alma leve
Porque me apeteceu levantar e dançar a meio do filme
E porque a vida é sim uma FESTA !!!
- Cena do filme Mamma Mia -
Dancing Queen - ABBA
"You can dance, you can jive
having the time of your life
see that girl, watch that scene
dig in the dancing queen
friday night and the lights are low l
ooking out for a place to go
where they play the right music,
getting in the swing
you come to look for a king
anybody could be that guy
night is young and the music's high
with a bit of rock music,
everything is fine
you're in the mood for a dance
and when you get the chance
you are the dancing queen,
young and sweet, only seventeen
dancing queen, feel the beat from the tambourine, oh yeah
you can dance, you can jive
having the time of your life
see that girl, watch that scene
dig in the dancing queen
you're a teaser, you turn 'em on
leave 'em burnin and then you're gone
lookin' out for an other, anyone will do
you're in the mood for a dance
and when you get the chance
you are the dancing queen, young and sweet, only seventeen
dancing queen, feel the beat from the tambourine, oh yeah
you can dance, you can jive
having the time of your life
see that girl, watch that scene
dig in the dancing queen
dig in the dancing queen"
20/11/2008
No bom caminho
"Mesmo a procura de nós próprios segue a lei geral de todos os empreendimentos.
- Francesco Alberoni -
19/11/2008
Cor de nevoeiro
Há dias em que acordo
no infindável degradê do cinza
E flutuo na incerteza de um tom certo.
Memórias levam-me
Às sombras do sombrio...
Quebram-me os sorrisos...
Tudo cinza...
Escuro ou menos escuro,
Mas cinza nublado,
Em tons de nevoeiro.
Descanso...
Caminho num outro sentido,
Viro as costas ao cinza.
Procuro o doce das cores...
Desperto...
Embrulho-me no mel dos encantos
E vou regressando aos tons coloridos
Pelo branco do cinza,
Rumo ao lugar
Onde se esconde o arco-íris...
Eudemim
17/11/2008
Celebração
“A vida deveria ser uma celebração contínua, um festival de luzes por todo o ano.
Então a vida tornar-se-á uma celebração contínua.”
Osho
14/11/2008
Música no pano
Para acompanhar
Uma boa espreguiçadela
Todos os dias
E partir para a vida
Sempre com...
…Bom Feeling !!
Sara Tavares – Bom feeling
Live in Jools Holland
"Bom feeling...Yeah, yeah, yeah...
Bom feeling...Yeah, yeah, yeah...
Bom feeling...
Deixa a janela do sorriso aberta,
Coisa boa, boa,
Coisa desperta,
Canta caia, caia nos liberta
Caia, Caia
Deixa a janela do sorriso aberta,
Coisa boa, boa,
Coisa desperta,
Canta caia, caia nos liberta.
Dá-me um...
Bom feeling...
Bom feeling...
Yeah, yeah, Yeah
Bom feeling...
Bom feeling...
Yeah, yeah, Yeah
Deixa de complicação,
Deixa de confusão,
Liberta a alma dessa prisão,
Deixa-te guiar pelo coração.
Deixa de complicação
Deixa de confusão
Liberta a alma dessa prisão
Deixa-te guiar pelo coração.
Dá-me um...
Bom feeling...
Yeah, yeah, Yeah
Bom feeling...
Yeah, yeah, Yeah
Bom feeling...
Yeah, yeah, Yeah
Bom feeling...
Yeah, yeah, Yeah
- Esse coração assim desagasalhado, vais sair assim?
- O sorriso aonde é que está?
- 'Tás a pensar que vais aonde assim?
- Tens mesmo é que buscar, buscar, buscar, ir fundo, ri só, ri só!
Dá-me um bom feeling dentro de ti,
Que eu dou-te um bom feeling dentro de mim,
Bom feeling para voar,
Bom feeling para motivar!
Bom feeling dentro de ti,
Que eu dou-te um bom feeling dentro de mim,
Bom feeling para levar,
Bom feeling para nos fazer sorrir!
Bom feeling...
Bom feeling...
Bom feeling...
Bom feeling...
Bom feeling...
Bom feeling...
Bom feeling...
Bom feeling para cantar!
Bom feeling para curtir!
Bom feeling para dançar!
Bom feeling para nos fazer sorrir!
Bom feeling...
- Queres feeling, feeling, feeling?
- Bom feeling cor-de-rosa, amarelo, azul, branco, de todas as cores...
- Quantos é que queres? Rebuçados, doces?
- Olhem o meu bom feeling, olhem o meu bom feeling!
Bom feeling...
Bom feeling...
Bom feeling...
- Bom feeling é a cor do amor, é a cor da paz...
- É só abrir um sorriso, é só deixar passar.
- Fui, com o vento!"
12/11/2008
Retalhos
A Despedida
Subiu as escadas lentamente ao mesmo tempo que sentia toda a sua vida a escorregar pelo corrimão. Fez várias pausas para recuperar o fôlego que teimava em não ajudá-la naquela escalada. Não optou pelo elevador pois poder-se-ia cruzar com alguém quando abrisse a porta e naquela altura era tudo o que menos queria que acontecesse. Abriu a porta de casa e o barulho do trinco foi para ela como que um carimbo no passaporte quando se passa uma fronteira. Finalmente tinha chegado a casa. Encostou-se à porta e ali ficou parada sem conseguir dar um passo. Sentia-se dormente e o silêncio à sua volta era imenso. Tudo parecia vazio. Nada tinha suporte. Apenas o sol espreitava pela janela do seu quarto e já com algum esforço esbatia as paredes da casa com as cores que veste quando se despede do dia. Também ele se preparava para partir...
Sentiu as costas curvarem pelo peso enorme que se apoderava do seu peito e caminhou até ao quarto, caindo na cama. Abandonou-se na convulsão do choro que aguardava ansioso por se soltar e acabou por adormecer.
Mais tarde, acordou no silêncio da madrugada ainda vestida e sentou-se na cama. Com algum esforço, levantou as pálpebras e olhou à sua volta como se tentasse reconhecer aquele lugar. Era tanta a sua vontade de fugir àquela nova realidade que por instantes tudo ao seu redor lhe pareceu estranho. Será que entrei numa realidade virtual ?... Que bom que era ! pensou. Mas nada disso. De facto aquele era mesmo o seu quarto, apenas tinha um ar diferente. A lua tinha vindo substituir o sol. O véu de luar que inundava o quarto dava-lhe um ar místico e foi apenas isso que a confundiu. Respirou fundo numa inspiração cortada por alguns soluços que tinham ficado esquecidos durante o sono e aninhou-se novamente.
Acordou com o burburinho típico do amanhecer. O som das viagens desenfreadas do elevador para cima e para baixo que aos poucos ía tornando aquele prédio deserto. Lá fora ouvia-se o rugido dos motores dos carros que aqueciam para mais uma viagem; a desgarrada entre o toque de alvorada das buzinas que apressavam os mais atrasados e o tímido chilrear de alguns pássaros, um frenesim que mais parecia uma conspiração contra toda aquela dormência que se tinha apoderado de Beatriz.
Lutou contra o seu corpo que teimava em resistir àquele pulsar de vidas alheias e lá se levantou. Deambulou até à casa de banho e começou a despir-se. Sentia ainda a roupa colada à pele do abraço intenso que Rafael lhe dera ao despedir-se. ˝Vais ver que o tempo vai passar rápido... eu amo-te...nunca te esqueças disso Beatriz...espera por mim...˝ - ˝eu vou estar sempre aqui à tua espera... amo-te ...não te esqueças de procurar os meus beijos na lua todas as noites......˝ respondeu Beatriz. Ficaram abraçados como se quisessem parar todo o tempo do mundo naquele instante.
O deslizar da roupa na pele era como se fosse o desenlace daquele abraço e sentiu outra vez aquele peso no peito, mas não quis seguir noutra espiral de tristeza e entrou no duche. Abriu a torneira e deixou-se acariciar pela água durante alguns minutos. Espalhou o gel pelo corpo em movimentos suaves e usou a luva exfoliante...talvez conseguisse arrancar toda a angústia que sentia...
Era estranho sair para a rua sem qualquer destino ou plano traçado.
Olhou-se ao espelho...fechou os olhos e sentiu a mão de Rafael travar o caminho de mais uma lágrima...talvez fosse a última...pelo menos por este dia...o primeiro de uma longa espera sem encontro marcado.
...estamos quase a chegar lá onde queremos ficar para o resto da vida...até já !
10/11/2008
“Demónios interiores”
Hoje sou
noite alucinada
o cinza e o frio
fera ferida
o estrangular do rio.
Hoje sou
raiva à solta
a bala transviada
ponta da navalha
a chama descontrolada.
Hoje sou
trilho assombrado
a mentira traiçoeira
seta envenenada
a bruxa feiticeira.
Só por hoje
Quero ser assim
Um mar imenso revolto
Um exército armado
E o pior de mim !
Eudemim
07/11/2008
Música no Pano
Lindo o poema
Doce a música
E sempre lindo Caetano !
Meditação
Caetano Veloso )Tom Jobim Newton Mendonça
"Quem acreditou
No amor, no sorriso e na flor
Então sonhou, sonhou
E perdeu a paz
O amor, o sorriso e a flor
Se transformam depressa demais
Quem no coração
Abrigou a tristeza de ver
Tudo isso se perder
E na solidão
Procurou o caminho e seguiu
Já descrecente de um dia feliz
Quem chorou, chorou
E tanto que o seu pranto já secou
Quem depois voltou
Ao amor, ao sorriso e à flor
Então tudo encontrou
Pois a própria dor
Revelou o caminho do amor
E a dor acabou"
05/11/2008
04/11/2008
Aurea
Pastelaria Aurea no Lobito – Angola
3 de Novembro de 2008
Muito provavelmente ninguém dirá que se trata de uma pastelaria, mas de facto dentro daquelas duas portas brancas podemos pedir galões, meias de leite, deliciosos croissants mistos, sumos, comprar pão, bolos e algumas mercearias.
No exterior são visíveis as marcas do tempo, do abandono “através” da guerra, mas quando entramos sentimos que o tempo não passou por ali.
Desde o tecto, aos balcões e passando até pela máquina de café, tudo tem a marca dos anos setenta, anos áureos da Pastelaria Aurea no Lobito em Angola.
Não será propriamente a mesma coisa que tomar um pequeno almoço na Brasileira ou no Majestic, mas aqui faço as pazes das muitas zangas que tenho com Angola.
Longe do caos e dos vicios de Luanda, gosto e preciso de me “misturar” neste ambiente, onde faço por sentir a essência real desta terra, para continuar a
sentir-me em “casa”.
Não tenho antepassados por aqui e nem tão pouco esta terra me viu nascer, mas vivo-a como se fosse minha e um dia quero guardá-la na parte das memórias boas do meu passado.
Há sítios assim que não exibem nada aparentemente, mas que guardam histórias de resistência em realidades duras de certas épocas menos prósperas e isso eu aprecio muito !
E eu tenho esta carolice de tomar o pequeno almoço na Aurea sempre que vou ao Lobito.
Desculpem-me os mais susceptíveis, mas tomar o pequeno-almoço na Aurea “a mim me kuia” !